Monday, December 12, 2011

O Natal Comemorado Pelo Mundo

Aqui em casa não comemoramos Natal, não montamos árvore e nem fazemos ceia (além da preguiça, eu não sei e não gosto de cozinhar), mas acho interessante saber como outros países comemoram essa data. As informações foram copiadas na íntegra deste site.

BRASIL: Comemorado a partir do século XVII, o Natal brasileiro era uma mistura de tradições nativas com portuguesas e era representado por uma espécie de “barraca de natal” montada à frente da capela do engenho. Nela havia um presépio com de figuras de barro armado pelos senhores e escravos e doces e salgados feitos pelas cozinheiras escravas.

CHINA: Mesmo com uma população de 1,2 milhão de cristãos, dentro de um universo que ultrapassa 1.3 bilhão de chineses, o Natal começa a despontar, incorporando-se aos costumes da China contemporânea. Já podem ser vistos papais noéis nas grandes lojas de departamentos das principais cidades do País, ocorrendo, inclusive, a venda de cartões natalinos e de presentes.

JAPÃO: Lá os costumes ocidentais vivenciados na época natalina, que têm relação direta com às tradições religiosas, não possuem grande importância.

PORTUGAL: Os portugueses festejam a véspera natalina com uma ceia de  bacalhau, acompanhamentos e vinho branco chamada de consoada. Aí, participam da missa à meia noite e no dia de Natal, comem cordeiro ao forno.

ISRAEL: A peregrinação a Belém e a Igreja da Natividade (onde acreditam ser o local exato onde Jesus nasceu e onde é celebrada missa na noite de Natal) é o ponto alto dos cristãos que vivem neste país.

POLÔNIA: Mais poéticos, os poloneses comemoram o Natal quando a primeira estrela surge no horizonte na noite do dia 25 de dezembro, quando então é servida a refeição. Como não comem carne nesta noite, sua cheia é repleta de paplotélis ou oblátik, uma espécie de hóstia ou pão ázimo.

ALEMANHA: Na Alemanha, é costume, quatro domingos antes do dia 15, montar a Coroa do Advento, guirlanda de galhos verdes com quatro velas. Então, a cada domingo, uma vela é acesa pela família, nas residências. Os enfeites variam de região, podendo ser estrelas de palha ou bonequinhos de madeira.

MÉXICO: No México, realizam-se procissões todas as noites, desde o dia 16 de dezembro. Brinca-se também com la piñata - recipiente que recebe decoração de pássaro, avião ou boneca, contendo doces e balas e que fica pendurado em um galho de árvore.

FRANÇA: Nesse país não pode faltar o patê de foiegras, o peru e o “bûche de Noel” (um rocambole recheado de chocolate em forma de um tronco de árvore). Já nos vilarejos do interior do país, a cozinha saborosa do campo e o teatro medieval são partes marcantes.

HOLANDA: Os holandeses comemoram o Natal no dia 6 de dezembro, Dia de São Nicolau (santo que teria inspirado o Papai Noel).

ESPANHA: Em Madri, montam-se presépios humanos com pessoas substituindo as tradicionais figuras. Já nas cidades interioranas, as crianças saem às ruas cantando e tocando para pedir doces nas casas. Porém, a troca de presentes só ocorre no dia 6 de janeiro.

PAÍSES MUÇULMANOS: Os muçulmanos não comemoram o Natal, já que consideram Jesus Cristo apenas como um profeta comum.

Observação minha: falei esta semana com uma amiga muçulmana, que veio para o Canadá aos 18 anos. Ela disse que a família inteira comemora o Natal para reunir a família. Esta tradição começou com a vizinha armênia que eles tinham lá no Iran. Segundo minha amiga, ela via toda aquela festa na época de dezembro e a mãe não conseguia convencê-la de que aquilo não pertencia ao mundo muçulmano deles. Um dia, a vizinha armênia os convidou para uma ceia de Natal, e desde então toda a família da minha amiga comemora a data.


Friday, December 9, 2011

A Gorda e a Magra

Não é de hoje que a mulher brasileira é conhecida por sua beleza. Também não é novidade sua obsessão em busca de uma beleza perfeita mostrada em filmes e revistas. Com a vulgarização do Photoshop, esta beleza "perfeita" tornou-se ainda mais inatingível, levando muitas adolescentes para a mesa de cirurgia plástica em casos bem-sucedidos, e sabe-se lá para onde em caso contrário. A obsessão é tamanha que, segundo um estudo que li há algum tempo, cerca de 130 mil crianças (sim, você leu crianças) e adolescentes se submeteram a algum tipo de cirurgia plástica em 2009.

No entanto, os hábitos alimentares destas mesmas crianças e adolescentes não contribuem para a manutenção de uma silhueta magra. Os fast foods e as comidas industrializadas, cheias de conservantes e outros produtos químicos, têm criado uma sociedade obesa. Junte-se a isso a quase total ausência de atividade física. Não é de surpreender que cirurgiões plásticos andem tão ocupados.

Sendo mulher e não fazendo parte do grupo que veste 36/38 (a vida inteira fiquei entre 40/42, chegando a 46/48 em uma época em que fiquei doente), sempre senti esta cobrança de ser magra; cobrança esta que não vem somente dos outros, mas de mim também, afinal, foi assim que fui criada. Com apenas alguns dias no Canadá percebi que aqui é um pouco diferente. A começar pelas repórteres na TV e as moças (já nem tão moças assim) que anunciam a previsão do tempo. No primeiro caso, é comum ver repórteres bem acima do peso aparecendo no horário nobre na TV. Quanto às moças da previsão do tempo, muitas já estão na casa dos 40 anos. Quando é que você vê este tipo de coisa na TV brasileira, principalmente na Globo? Jamais! Todo mundo é magro, jovem, e bonito na TV. Se não for magro, em pouco tempo as emissoras dão um jeito de cortar as gordurinhas extras. Quem aí se lembra da Angelica, na Manchete, e da Ana Maria Braga, na Record? Ambas devem ter perdido mais de 30 quilos juntas ao irem para a Globo.

Nas ruas de Toronto é comum encontrar pessoas obesas de todas as idades. Algumas com mais idade (mais de 40 anos, eu diria), chegam a andar em um tipo de scooter porque não conseguem mais sustentar o peso do próprio corpo. Não é difícil encontrar estas mesmas pessoas fazendo refeições diárias em redes de fast-food, regadas a refrigerante de tamanho extra grande. Sempre ouço dizer que nos Estados Unidos a situação é ainda pior. O que acontece com estas pessoas? Onde está o culto ao corpo? Será que ele é preocupação exclusiva das brasileiras?

Na verdade, não. Percebi que na América do Norte, em geral, as pessoas são mais relaxadas com a aparência e que o conceito de " magro"  para eles é diferente do conceito brasileiro. Aqui, por exemplo, ninguém diz que estou gorda ou acima do peso, mas quando vou ao Brasil, minha própria família diz que seria bom eu perder alguns quilos. Para ficar magra do jeito que eles acham que deve ser, eu deveria perder uns 10 quilos, e desta maneira entrar em uma calça 38. Se eu decidisse trabalhar na TV, provavelmente teria que perder mais uns 10 quilos.

Parece simples falar, mas é muito difícil romper paradigmas. Felizmente, moro em um país com menos cobranças, e quando digo que estou gorda, mais do que prontamente escuto "You look great". É, talvez eu esteja ótima mesmo e essa coisa de gordurinha em excesso é coisa que colocam na sua cabeça (e na sua barriga, pernas, coxas, e onde mais couber).
;)

Sunday, November 20, 2011

Curiosidades sobre o Canadá: Movember

Você sabe o que é Movember? Antes de chegar ao Canadá eu também nunca havia ouvido falar sobre esse movimento, ou melhor, campanha, que tem origem na Austrália e se espalhou pelo mundo, inclusive no Rio de Janeiro.

No mês de novembro homens deixam seus bigodes crescer para demonstrar solidariedade e suporte ao combate do câncer de próstata, que é o tipo de câncer mais comuns em homens.

É muito engraçado ver a transformação em jornalistas e outras pessoas  ao longo do mês, que deixam de ter uma cara bem barbeada e passam a exibir bigode e/ou barba.

Alguns viram alvo de apostas em empresas, pois não é todo mundo que tem paciência para esperar até o fim do mês para tirar o bigode. Eles dizem que começa a coçar e incomodar, e acabam desistindo no meio do caminho.

A brincadeira não pára por aí. Além de fazer doações, você também pode enviar sua foto para vários sites e programas de TV para concorrer a prêmios.

Para saber mais sobre o Movember, se envolver, e fazer uma doação, acesse www.ca.movember.com.


Friday, November 18, 2011

Com saudade da faxineira?


Na America do Norte pouquissima gente tem o que chamamos de “ diarista” simplesmente pelo fato de que a mao-de-obra e muito cara. E para falar a verdade, eu nem acho que compensa muito pagar para alguem limpar sua casa aqui.
Primeiro, porque voce paga por hora. As pessoas geralmente contratam um professional por apenas 2 horas, e la se foram nao menos de $50.
Segundo, ao contrario das nossas diaristas brasileiras, praticamente escravas, a “ diarista” daqui nao vai fazer muita coisa nessas 2 horas.  Alguns servicos incluem lavar louca (embora a maioria das casas seja equipada com maquina de lavar louca), mas em geral o trabalho e passar aspirador na casa, tirar a poeira e “ dar um tapa” na organizacao.

Ah, voce quer alguem que lave e passe suas roupas? Tem que pagar extra, tanto para um quanto para outro. Mas voce tambem quer alguem que limpe as janelas da sua casa. Bom, ai a gente ja esta falando de mao-de-obra “especializada”; gente treinada que passa a vida lavando janela. Sim, senhor!  Ja pensou se durante a limpeza da janela no piso superior da sua casa a pessoa se desequilibra e cai? Pois e, esse professional tem que pagar um seguro contra acidentes, por isso a conta da limpeza das suas janelas pode ser bem salgadinha.

E em terceiro lugar, as casas e apartamentos sao projetados para serem limpos a seco e nao a base de agua com se faz no Brasil. As  construcoes sao de madeira, entao nao existe essa de jogar agua no piso da cozinha e do banheiro e depois esfregar com sapolio. Nao, os produtos de limpeza aqui sao poderosos e tem um para cada coisa. Para limpar o chao nos usamos o mop (rodo). Os mais legais vem com um dispositivo onde voce acopla o produto de limpeza, ai e so apertar o spray para liberar o liquido e passar o rodo. Simples assim.

No comeco e estranho. Eu nao conseguia me conformar que nao podia lavar o banheiro; se eu nao jogasse agua eu nao sentia que estava limpo, principalmente quando se tem 2 cachorros em casa. So que essa historia de jogar agua estava danificando os moveis e o piso do banheiro, entao me conformei com o mop. Hoje acho uma maravilha e nao consigo mais me imaginar com o chuveirinho inundando pia, privada e o que mais estiver por ali.

Eu nunca pensei que fosse dizer isso, mas sinto tanta falta de um tanque! Os apartamentos mais antigos costumam ter lavanderia coletiva, assim como o tanque, mas nos predios mais novos, voce tem um minusculo nicho na parede onde a maquina de lavar e a de secar roupa sao empilhadas uma na outra. Nao existe o conceito de “area de servico”  com espaco para um tanque e para pendurar um varal. A gente acaba usando a banheira mesmo, em ultimo caso. Ainda preciso descobrir o que a gente faz com tenis sujo que nao pode ir na maquina de lavar. Aposto como tem um produto especifico para a limpeza de tenis, portanto, se alguem conhecer algum, deixe um comentario aqui no blog.

Tuesday, November 1, 2011

Pobre brasileiro x pobre canadense


Estava cá pensando com meus botões sobre  os pobres brasileiros e como eles se relacionam com as demais classes sociais e vice-versa. Para ilustrar, vou contar um fato que ocorreu comigo no meu primeiro mês aqui no Canadá. Vocês sabem que a gente chega aqui completamente sem noção de nada e, felizmente, sempre aparece alguma alma boa para nos orientar. Pois bem, fomos a um churrasco beneficente do Centro Cultural Brasil-Angola, em agosto de 2007. Chegando lá, não sabíamos exatamente o que fazer ou aonde ir, quando eis que um rapaz muito simpático nos cumprimenta e nos explica o que fazer para pegar comida e bebida. 

Pela aparência e pelo modo de falar, deduzi que aquele rapaz humilde e simpático não tinha muita instrução acadêmica e nem muitas posses materiais. No decorrer da conversa eles nos contou que estava trabalhando na construção aqui em Toronto (e nas entrelinhas nós deduzimos que ele estava aqui ilegalmente). Ele, muito solícito, disse que se quiséssemos, ele poderia arranjar um emprego na construção para Capachinho. Capachinho agradeceu muito educadamente e disse que estava procurando emprego em outra área. O rapaz perguntou então que área essa essa porque para determiados trabalhos é necessário ter "documentação" (ou seja, estar no país legalmente). Capachinho sorriu e respondeu que ele era um web developer e estava procurando um emprego na área de informática.

A expressão no rosto do simpático rapaz mudou repentinamente. Imediatamente, ele pediu licença e saiu para longe,  talvez envergonhado pela proposta que havia feito a pessoas que não era do mesmo "meio" dele. Daquele momento em diante, não conseguimos mais nos aproximar dele porque ele nos evitava veementemente. 

Este acontecimento sempre me faz pensar bastante, e me leva a concluir que talvez o pobre brasileiro conheça "seu lugar" na sociedade. A faxineira, o pedreiro, ou o motorista de ônibus, todos eles respeitam uma barreira invisível existente entre eles e os que tiveram oportunidade de estudar. Eles se colocam (ou são colocados?) em uma posição inferior não só em relação ao seu conhecimento ou a situação financeira, mas também como ser humano. É como se eles não fossem dignos de ter os mesmos direitos que aqueles que têm o que eles nunca tiveram por pura falta de oportunidade. E         quer saber? Às vezes parece que está tudo bem. Mas como assim?

Acredito que essa resignação seja herança dos nossos tempos de 'casa-grande e senzala', em que todos deviam obediência ao senhor (nos só empregados, mas membros familiares também), que tinha, literalmente, a vida de seus escravos nas mãos. Cabia a ele decidir quem iria viver e quem iria morrer. A obediência incondicional, aliada ao trabalho duro e exaustivo sem nunca se queixar, aumentavam as chances de um escravo evitar o tronco e permanecer vivo.

A escravidão foi abolida, mas a mentalidade escravocrata e paternalista não. Os pobres, assim como os antigos escravos, sempre foram vistos como seres inferiors e devedores de obediência e respeito aos seus 'superiores', como no ditado Manda quem sabe, obedece quem tem juízo.

Séculos se passaram e o Brasil mudou muito pouco. A elite, descendente daqueles senhores, carrega consigo a herança cultural dos tempos de colônia, pagando o mínimo possível aos seus empregados, e tratando-os como inferiores. O pobre se acostumou tanto a essa situação, que às vezes temos a impressão de que ele nem percebe esse tratamento.

Aí você vem para o Canadá e conhece um outro conceito de pobreza. Você aprende que não é vergonhoso ter um trabalho braçal. Aliás, o trabalho braçal é, muitas vezes, uma escolha e não uma falta de opção.

Você faz amizades com pessoas que nunca fariam parte do seu círculo social no Brasil. Você conhece um vendedor de loja que fala 3 línguas e viajou o mundo todo; um pintor que mora em uma casa com piscina e jacuzzi e que é 3 vezes maior que seu minúsculo apartamento. Como se não bastasse, esse mesmo pintor diz ter um filho formado em jornalismo, que terminou a faculdade e foi fazer um curso de encanador porque dava mais dinheiro. Sim, seu mundo vira de cabeça para baixo. Quem é quem nessa história?

Passado o espanto, você passa a se sentir bem por viver em uma sociedade menos desigual onde as pessoas têm oportunidades iguais, independentemente de sua cor, religião, ou origem social.
Ao voltar ao Brasil, você fica chateado por ver as pessoas divididas em 'bolhas' , como se fosses castas sociais; mas você fica mais chateado ainda ao ver que esses pobres realmente vivem em um outro mundo diferente do seu e todos acham que isso é assim mesmo e que não há como mudar. 
Entristece ver que que a mentalidade exploratória de nossos colonizadores que chegaram ao Brasil querendo retirar o máximo que aquela terra pudesse fornecer (recursos naturais e humanos) continua até hoje. Os sofridos índios de outrora são os pobres de hoje.

Tuesday, October 18, 2011

Estarão os blogueiros com seus dias contados?


Pois é, quase dois meses se passaram depois do meu último post em 31 de agosto. Falta de tempo não é desculpa desta vez; falta de inspiração e preguiça, talvez.

A escassez de posts não é "privilégio" só do meu blog. Há muito tempo tenho notado que as pessoas estão aos poucos deixando os blogs de lado, e que o tempo vivido no Canadá é inversamente proporcional ao número de posts.

Notei também que a maioria das pessoas cujos blogs acompanho (ou acompanhava) fazem parte dos meus amigos no Facebook, o que me faz questionar se o Facebook é em parte responsável pela morte daqueles blogs.

O primeiro ano pós-imigração costuma ser o mais intenso, já que tudo é novidade e a gente tem que correr atrás de um milhão de coisas, incluindo moradia e emprego.
No segundo ano, as pessoas já estão familizarizadas com muita coisa, já fizeram amizades, já têm seu supermercado, restaurante, ou canal de TV favorito. As novidades diminuem e os posts nos blogs começam a aparecer em intervalos maiores.

O terceiro ano é uma fase de assentamento em alguns aspectos, muitos já compraram sua casa própria, mas por outro lado estão lutando pela manutenção ou obtenção de um emprego melhor. Alguns meses acabam passando em branco até que um post apareça nos blogs.

No quarto ano, que é o meu caso, a rotina já faz mais que parte do dia-a-dia e as pequenas coisas deixam de ser novidade. Conseguir assunto para escrever no blog transforma-se em uma tarefa hercúlea, portanto, sem novidades, sem posts.

A ausência de posts se deve, em parte, justamente ao fato de estarmos acostumados às coisas e acharmos que nada é relevante o suficiente para virar um post. No comeco existe post para tudo: a primeira neve, o primeiro passeio de metrô, o primeiro Thanksgiving, etc.

Outro motivo, e é justamente sobre este que quero discutir, é o Facebook. Hoje passo mais tempo lendo o que amigos postam no Facebook do que lendo blogs. Além do mais, ler um post de 3 ou 4 linhas entre uma tarefa e outra é mais fácil e rápido de se fazer em um smartphone do que ler 50 linhas em um blog. Portanto, culpo sim o Facebook (e outras formas de rede social) pelo desaparecimento de posts em blogs.

Bom, essa é a opinião que tenho baseada na minha experiência. Sei de mais pessoas que passam pelo mesmo que eu e acabam dando mais atenção ao Facebook do que ao próprio blog. Mas e você? Você acha que o Facebook, Orkut, Google +, Linked In, e outras redes sociais estão colocando blogs em perigo? Estarão os blogs com seus dias contados?

Wednesday, August 31, 2011

Dicas para usar no seu resume

A empresa em que trabalho disponibiliza, frequentemente, oportunidades de emprego em sua intranet e eu, como boa samaritana, repasso para alguns grupos de discussão dos quais participo.

Geralmente, após 10 minutos, eu começo a receber respostas de pessoas interessadas na vaga. Alguns perguntam por mais detalhes e outros já me enviam seu resume e/ou cover letter.
Antes de repassar para o RH, eu sempre verifico se os arquivos estão abrindo corretamente e dou uma olhada geral no que recebi. Na maioria das vezes, eu faço correções de espaços duplos, alguma coisinha de gramática e pontuação, e mando bala. Nesses casos, o dono do resume não fica nem sabendo. Porém, existem casos que me deixam realmente preocupada, e é sobre esses que eu quero falar.

A maioria dos resumes que recebo são de brasileiros, mas de vez em quando aparece um amigo do amigo de algum outro país que não o Brasil. Sem citar nenhum caso em particular, noto muitos erros bobinhos nos resumes dos brasileiros. Em um deles havia um erro de digitação logo no Objetivo, que é uma das primeiras coisas que lemos em um resume. Aliás, erros de digitação estão presentes em 100% dos resumes que recebi.

Gente, não confie no corretor gramatical do Word. Imprima seu resume e peça para alguém ler. Antes de enviá-lo, leia- de novo para se certificar de que realmente não existe nenhum erro de digitação ou de gramática. Dependendo da sua área de trabalho (como a minha, por exemplo), um erro de digitação pode ser fatal.
Sempre me lembro da história que me contaram no Skills for Change quando cheguei ao Canadá. Havia uma imigrante, muito bem qualificada, que estava enviando o mesmo currículo há mais de 2 anos sem absolutamente resposta nenhuma. Assim que ela chegou ao Skills for Change descobriu o motivo de tanto silêncio: ela havia cometido um erro de digitação na palavra OBJECTIVE (parece que ela havia escrito algo como "Objetive").
Imagine um empregador lendo o currículo dela. No mínimo ele vai achar que ela não é uma pessoa cuidadosa ou atenciosa. Será que ele vai querer uma pessoa assim para trabalhar na empresa dele?

Outra coisa muito importante é adaptar o resume e a cover letter à vaga para a qual se está aplicando. Muitos de nós temos um modelo geral, mas ele nunca deve ser enviado para todas as vagas sem alguma modificação.
Já recebi cover letter destinada à empresa X mas em que a pessoa mencionava interesse na empresa Y. Já pensou você aplicando para uma vaga na Apple e começando sua cover letter dizendo que você ficou entusiasmado com a vaga aberta pela Microsoft? Pois isso acontece direto; portanto, muito cuidado!

É fundamental que você faça o "match" das suas qualificações com o que é pedido na job description. Não adianta você ficar enaltecendo sua expertise em determinada área se não é aquilo que a empresa está pedindo. Você pode ser um exímio chef especializado em comida francesa, mas se o restaurante precisa de um chef com experiência em cozinha italiana, você estará perdendo tempo aplicando para a vaga.

A maioria das empresas utiliza um software que faz uma busca das palavras-chave da job description e cruza com o que tem no seu resume. Se o resultado não for o que eles esperam, digamos 70% de compatibilidade, seu resume não é selecionado.
Lembre-se que o resume é uma ferramenta para deixar o empregador curioso e interessado em você. Dê a ele exatamente o que ele quer, e ao conseguir uma entrevista, dê a ele o que ele precisa.

Sunday, August 21, 2011

What to do after a car accident

STEP 1 Stop. If your vehicle is involved in an accident and you don’t stop, you may be subject to criminal prosecution.

STEP 2 If anyone is injured, if the total damage to all the vehicles involved appears to be MORE than $1,000, or if you suspect that any of the other drivers involved are guilty of a Criminal Code offense (such as driving under the influence of drugs or alcohol), call 911 and follow the instructions given to you by the emergency operator. Police will arrive as soon as possible.
Do not try to move anyone injured in the accident — you may aggravate their injuries!
If no one is injured and total damage to all the vehicles involved appears to be LESS than $1,000, call your local police for instructions. Police units may or may not be dispatched to the scene. If local police do not attend the scene of the accident, they will instruct you to report to a Collision Reporting Centre within 24 hours.

Collision Reporting Centres are police facilities created to assist motorists in reporting motor vehicle accidents. At the reporting centre you will be assisted in completing a police report, and damage to the vehicle will be photographed.
Collision Reporting Centres are currently available in a number of jurisdictions across the province. Visit: www.accsupport.com or call (416) 745-3301 to locate the Collision Reporting Centre nearest to you.
If there isn’t a Collision Reporting Centre in the area of the accident, the police will ask you to go to the nearest police station to file a report.

STEP 3 If it is safe to do so, move your vehicle to the side of the road, out of traffic. If your vehicle cannot be driven, turn on your hazard lights or use cones, warning triangles or flares, as appropriate.

STEP 4 Write down the names, addresses, and telephone and driver’s license numbers of all of the other drivers, the license plate numbers of the other vehicles, as well as the names and addresses of the registered owners of the vehicles, and the insurance information for each of the other vehicles.

STEP 5 Also obtain the names, addresses, and telephone numbers of passengers and witnesses.

STEP 6 Jot down specific details about the scene of the accident, using the accident worksheet provided.

STEP 7 Report the accident to your broker, agent, or insurance company as soon as possible after the accident. For more information on filing an insurance claim with your insurance company, visit FSCO’s Automobile Insurance website: www.autoinsurance.gov.on.ca, or call FSCO: (416) 250-7250, Toll-free: 1-800-668-0128, and ask for a copy of our After an Auto Accident: Understanding the Claims Process brochure.

Remember...

As difficult as it may seem, it is important that you remain calm.

Do not argue with other drivers and passengers. Save your story for the police.

Do not voluntarily assume liability or take responsibility, sign statements regarding fault, or promise to pay for damage at the scene of the accident.

Be careful of unauthorized tow truck operators pressuring you to have your vehicle towed, demanding immediate payment for the tow, or attempting to take your vehicle to a garage or body shop of their choice. They may try to use the confusion of the moment to intimidate you into allowing your vehicle to be towed. If you feel you are being pressured, ask the police for the name of an authorized tow truck operator and have your vehicle towed to a Collision Reporting Centre or a police compound until you can talk to your insurance company.

Be prepared for any emergency on the road.

Always keep a basic vehicle first aid or emergency kit in the trunk of your vehicle. You can easily create an emergency kit for your vehicle by filling a plastic storage container with the following:
  • a basic first aid kit
  • a tire repair kit and pump
  • a disposable camera
  • a small tool kit
  • emergency road flares
  • a towel, warning triangles or cones
  • a pair of work gloves,
  • a fire extinguisher
  • some type of nonperishable food, (A-B-C Type)
  • hand wipes
  • a flashlight and extra batteries
  • bottled water
  • booster cables
  • a thermal blanket.
Your Accident Worksheet - Keep It Handy. A downloadable copy of this worksheet is also available on FSCO’s

Automobile accidents can be very stressful; shock and excitement will make it hard to think clearly. If you’re involved in an accident, this worksheet will help you to remember the types of information you’ll need to record at the scene. Keep it in your glove compartment along with a spare pen.

Wednesday, August 10, 2011

O que você pode trazer na mala do exterior

Veja o que você pode trazer na mala sem ser barrado na alfândega ou pagar imposto extra. Mais detalhes aqui.


 






 


Tuesday, August 2, 2011

Como ser brasileiro - mas não demais - no exterior

Achei ótimo esse post que vi lá no Être e Avoir no Canadá, que foi publicado originalmente no IG. Ele fala sobre alguns comportamentos brasileiros que não são muito apreciados no exterior.

É bem difícil um turista chegar ao Brasil e não se apaixonar pela paisagem, pela música, pela comida. Mas é o povo que deixa a melhor impressão. Vocês são charmosos, otimistas, sorridentes, hospitaleiros. E as qualidades são contagiantes. O estrangeiro chega e entra na mentalidade brasileira. Como dizem, quando em Roma, faça como os romanos…
Mas o que acontece quando o romano sai de Roma? Ou seja, agora que muitos brasileiros estão viajando pela primeira vez para o exterior é preciso pensar em quais “brasilidades” funcionam, e quais não, além das fronteiras brasileiras.

Sorrir muito e ter uma atitude positiva sempre vão dar certo. Outros costumes… nem tanto. Seguindo a tradição da coluna, fiz uma lista de sete, ou seja Seth, erros para o brasileiro evitar no exterior. (Um esclarecimento para o leitor. Deve ser irônico receber conselhos de comportamento de alguém dos Estados Unidos, país que produz talvez o turista mais chato e irritante do mundo – o famoso “ugly American”. Mas é que meu povo já é um caso perdido. Há séculos que nós viajamos pelo planeta fazendo besteiras, e cachorro velho não aprende truques novos. Para vocês, ainda há tempo.)

1) FALAR COM O POLEGAR. É talvez a “brasilidade” mais comentada pelos americanos que visitam o seu país pela primeira vez: esse sinal de levantar o polegar (ou até os dois) para dizer “ok”, ou “não tem problema”, ou “de nada”, ou “pode passar” ou até simplesmente “bom dia”. O brasileiro não inventou o “thumbs up” (como se diz em inglês), mas é de longe o país que mais usa. Por exemplo, tenho um amigo que cada vez que viaja ao Brasil conta quantos “thumbs up” recebe por dia. Dois polegares ao mesmo tempo valem dois, óbvio.
Tudo bem dentro do Brasil. Mas em muitos outros países, é esquisito – até brega – fazer isso. (E em alguns países é vulgar: Bangladesh, por exemplo.) Para nós, nos Estados Unidos, é coisa do passado. Lembra muito o personagem “The Fonz” do seriado “Happy Days”, um cara cool demais… só que nos anos 50.

2) TOMAR BANHO. E OUTRO. E MAIS UM.
Os brasileiros são, sem dúvida, o povo mais limpo do mundo. Às vezes acho que nos dias mais quentes do verão vocês passam mais tempo debaixo do chuveiro do que fora. Eu não admito aos amigos brasileiros que nem sempre tomo banho antes de dormir, por medo de perder a amizade ou talvez até meu visto.
Mas quando for viajar, lembre que o Brasil tem 14% da água doce do mundo, e só 3% da população do planeta. Em muitos países a água é escassa, em outros o custo para aquecê-la é alto. Quando eu estudava em Paris, hospedado com uma família francesa, minha “mãe” reclamava muito quando eu passava mais de cinco minutos no chuveiro. Num hotel, pelo menos, ninguém vai saber que você está gastando demais os recursos naturais do país. Mas se você ficar na casa de amigos, tente se limitar a um banho curto por dia. Não se preocupe: que eu saiba ninguém nunca morreu por ficar pouco tempo no banho, nem mesmo na França.

Aqui eu preciso abrir um parênteses para discordar. Nem todo mundo é igual e muita gente realmente não tem necessidade de tomar banho ao acordar, já que transpira muito pouco e não vai exalar odores desagradáveis durante o dia, mas existem muitas pessoas que suam bastante durante a noite e devem sim tomar banho ao levantar. Quem nunca sentiu náuseas ao entrar no metrô ou em um escritório com pessoas fedidas? Pela manhã eu encontro muita gente com aquele cheirinho azedo característico de quem não tomou banho de manhã. É uma coisa bem desagradável. Quando o sujeito azedo é o colega de trabalho que senta ao seu lado a situação fica pior ainda.
Uma vez tive que falar com o RH de umas das empresas em que trabalhei por causa de um russo qe simplesmente empesteava a sala em que ficávamos. Minha sala virou motivo de piada na empresa inteira por causa do cheiro azedo dele. Finalmente, depois de 2 meses, o RH mudou o fedido de lugar. E 4 meses depois, felizmente, ele foi demitido por má performance.
Nós chegamos a levar Febreze e até um purificador de ar para sala, mas absolutamente nada conseguia disfarçar o cheiro do russo.

3) USAR SUNGAS E BIQUÍNIS BRASILEIROS. Não é que não pode. É que você só deve ficar ciente das repercussões. Queridas brasileiras, eu conheço vocês, e vocês adoram comentar quando uma gringa aparece na praia de Ipanema com um desses biquínis feios que cobrem a bunda toda. Agora se preparem para uma revanche. Se vocês andarem com um biquíni brasileiro ­– desses que tapam talvez 10% da sua bunda – em muitos países vão atrair alguns olhares estranhos das mulheres locais. (Os homens vão gostar, com certeza, mas só porque o biquíni lembra um pouco a roupa de uma stripper.)
Quanto à sunga, em alguns países, tudo bem. Em outros, como é o caso do meu, se considera bem esquisito e meio vulgar. Exemplo: num episódio do programa americano Curb Your Enthusiasm, o personagem principal (o comediante Larry David) enxerga o psiquiatra dele na praia… de sunga. Fica horrorizado e decide desistir da terapia.

4) LIXO NO LIXO.
O mundo está dividido em duas partes: a que tem sistema de esgotos que permite jogar o papel higiênico na privada, e a que não tem. E, desculpe a intimidade, mas no mundo com sistema de esgotos que permite, se considera muito nojento jogar papel usado no lixo.

5) BEIJAR À VONTADE. O problema do beijo de cumprimento é bem documentado, não vou perder seu tempo falando de quantas vezes se beija em cada cidade do mundo. O problema é o beijo na boca, que no Brasil é muito mais aceitável em público do que em outros países. Ou seja: nas ruas, nos parques, nas mesas de bares e restaurantes, até na fila para entrar no cinema. Por isso eu sempre digo que o lema oficial do Brasil deveria ser “Get a room!”. Essa frase, que em tradução livre seria algo como “Arrume um motel!”,  é o que se fala quando um casal está expressando sua afeição de forma… exagerada.
Juro que em nenhum outro país do mundo (que eu conheça) os casais se beijam tão aberta e apaixonadamente em público quanto no Brasil. E pior, ao lado dos amigos. Eu não estou contra, e até faço também quando a situação se justifica… no Brasil. Mas em outros países, na maioria das situações, é preciso se controlar para não constranger os outros. Existem exceções: no cinema, até pode, mas pelo amor de Deus só se estiverem sozinhos, e não ao lado de um casal de amigos. Na balada ou numa festa, ok, não precisa arrumar um motel para se beijar. Mas arrume um cantinho escuro pelo menos.

6) ESQUECER A GORJETA. Em Nova York, os garçons odeiam os estrangeiros. Por quê? Porque um garçom nos EUA não ganha quase nada de salário – recebe até menos de um salário mínimo, porque vive das gorjetas. Até os estrangeiros que sabem disso acham justo deixar 10% ou 12%. Não é. É 15% se você é chato (ou se o garçom foi chato) e 18% ou 20% se não. E sem reclamar. Em outros países, a gorjeta varia muito, por isso você sempre deve dar uma olhada no sua guia de viagem ou procurar na internet. (Eu não conheço um bom site em português mas em inglês existem muitos – bota “tipping by country” no Google.
7) PEDIR CERVEJA COMO SE ESTIVESSE NO BRASIL. Uma vez fui jantar em Nova York com uma família de brasileiros. O pai acabava de chegar ao país e tentou explicar à garçonete (em português, que ela não entendia) que queria a cerveja com dois dedos de colarinho. Quando a bebida chegou sem espuma nenhuma, ele reclamou e tentou explicar de novo. A garçonete falou para nós: “Explique para ele que entendo o que ele quer, mas o negócio do chope não funciona assim.” E é verdade: colarinho na cerveja é um fenômeno brasileiro que é difícil de encontrar na maioria de países (fora a cerveja Guinness).


Quanto à cerveja gelada, o mundo está mais dividido. Normalmente, pessoas de países tropicais gostam de cervejas fracas e bem geladas, para se refrescar num dia quente. Esse é o caso do Brasil. Mas em muitos outros países se acredita que o sabor é mais importante, e é fato que cerveja muito gelada perde o sabor. Um dia, na Bolívia, eu estava jantando com um casal de brasileiros que reclamou à garçonete que a cerveja estava quente. Tentei explicar para eles: “não vai ter mais gelada, aqui se toma assim.”
Nossa, já chegamos a sete? Então preciso colocar um bônus especial para meus queridos paulistanos:

7 – B) MATAR PEDESTRES À VONTADE. Não sou advogado, mas segundo observo nas ruas de São Paulo,  a lei local determina que um motorista que vê um pedestre atravessar a rua e não tenta matá-lo vai preso. Mas quando você alugar um carro em outro país, preste atenção: o pedestre tem algo que se chama “direitos.” Em alguns países da Europa, da Ásia e estados dos Estados Unidos, a lei até exige parar o carro quando alguém pisa na faixa de pedestres.
Agora, a boa notícia. O brasileiro é tão querido no mundo – pelos jogadores de futebol, pela música, pela atitude – que até pode cometer os erros e ninguém vai reclamar. Bom, talvez o pedestre, se é que ele sobrevive.

Tuesday, July 12, 2011

O que trazer para o Canadá?

Essa é uma pergunta interessante cuja resposta vai mudando de acordo com os anos vividos por aqui.
Quando vim para cá resolvi me desfazer de todos os meus objetos pessoais e só trazer roupas e sapatos (e meus patins de patinação artística). Hoje, vejo que esse foi meu maior erro pois, chegando aqui, perdi grande parte das minhas roupas porque elas encolheram depois de passarem pela secadora. Quatro anos depois eu penso exatamente o contrário. Se eu pudesse voltar no tempo teria trazido apenas minhas roupas e sapatos favoritos e guardado mais espaço para artigos de decoração, quadros, e até aquela caneca favorita.

Eu via muita gente encher a mala com presentes que ganhou no casamento de 20 anos atrás, roupa de cama, utensílios de cozinha e tudo o mais que se possa imaginar. Por um tempo achei que fosse falta de desapego material, já que eu resolvi deixar TUDO para trás, com exceção de livros e cd's que trouxe para cá na volta da minha primeira viagem de férias à terrinha. Hoje vejo que essas pessoas é que estavam certas em trazer coisas materiais que tinham algum valor sentimental.

Mas por que mudei completamente de idéia? Ora bolas, porque aqui tem de tudo e um pouco mais do que tem no Brasil e com preços infinitamente mais baixos.
Não vou nem falar de eletrônicos porque senão é covardia. Todos sabemos que eles custam pelo menos 3 vezes mais na terrinha do que por esses lados. Se você for aos Estados Unidos vai pagar ainda mais barato do que aqui no Canadá.

Roupas e sapatos: estamos numa sociedade capitalista onde o consumo é regra. Até hoje eu fico espantada com a quantidade de liquidações que existem durante o ano todo. E não são aquelas promoçõezinhas fajutas que vemos no Brasil não. Aqui a coisa é pra valer. Algumas lojas chegam a diminuir seus preços em até 70%. Sempre gosto de citar como exemplo um casaco de lã que vi na GAP no ano em que chegamos. O preço normal dele era de $280 no início do inverno, mas depois do Natal paguei apenas $28. Sim, são 200 dólares a menos do preço original. Conclusão? Agora só compro roupa em promoção. Quando vejo alguma coisa que gosto, espero algum tempo e fico de olho nas promoções relâmpago. Algumas lojas oferecem 40% entre 11 da manhã e 2 da tarde. É lógico que nem tudo entra em promoção, e com o tempo você vai meio que adivinhando que tipo de coisa nunca terá seu preço rebaixado.

Além das liquidações que ocorrem o ano todo, também existem os outlets, como o Vaughan Mills e o Dixie Mall, só para citar alguns. Muita gente atravessa a fronteira em Niagara Falls e vai fazer compras em Buffalo, onde dizem que também há outlets com preços muito bons.

É bom ficar de olho nas lojas de móveis pois elas também fazem muitas liquidações, especialmente depois do Boxing Day. Aliás, depois de 26 de dezembro costuma ter a boxing week, que na verdade dura todo o mês de janeiro em alguns lugares. É fácil encontrar mercadorias com 50% de desconto ou mais.

Mas não são só roupas, sapatos, móveis e eletrônicos que entram em promoção não. Sempre tem algum item alimentício com desconto nos supermercados ao longo do ano. Eu acho incrível a capacidade humana de consumir, pois basta diminuir o preço em 5 centavos que as prateleiras se esvaziam rapidamente. Eu fico de olho na promoção da Hagen Daz. Um potinho pequeno de sorvete sai em torno de 7 ou 8 dólares, mas na promoção você leva 2 por $10. Impossível resistir.

Enfim, ficam aí minhas dicas. Hoje eu penso diferente e traria para cá todos os meus objetos que representassem alguma coisa para mim ou tivessem um valor sentimental grande, mas essa decisão cabe a cada um. Cada pessoa sabe o que é melhor para si.

Friday, July 8, 2011

Onde comer em Toronto e GTA - Parte I

Umas das coisas que mais vejo brasileiros reclamarem é de que não tem comida gostosa em Toronto. Como eu já fui dessa turma no meu primeiro ano por aqui, vou provar para vocês que isso não é verdade. E mais, que existem uma infinidade de opções para quem tem a mente aberta e está a fim de sair da rotina do feijão-com-arroz.

Toronto é o paraíso dos asiáticos e indianos. É impossível andar meio quilômetro e não tropeçar em vários restaurantes chineses, thailandeses, e indianos; e tem desde aquele fast food fuleiro até restaurantes mais sofisticados.

Como eu disse, você tem que ter a mente aberta e, na maioria das vezes, não ligar muito para a aparência do lugar. Não que eles sejam sujos, mas a aparência mal-cuidada dá essa impressão. Alie a isso a fama de neat freak que brasileiro tem no exterior.

Na linha bom, feinho, e barato, está o indiano Mezbaan (2231 Victoria Park Avenue Scarborough).      Em limpeza ele ganha nota 7, mas a comida é nota 10.

Os destaques são o butter chicken, chicken byriani, e o naan (com ou sem alho). Até eu, que não gosto de comida apimentada, me rendi.

Lembre-se de pedir tudo "mild"porque mesmo assim eles capricham na pimenta. E se você ainda tiver um lugarzinho no estômago depois de terminar de comer, encerre com um  mango skake.
Apesar da aparência, esse restaurante me foi indicado por um colega indiano que, segundo ele, tem a melhor comida autenticamente indiana na GTA.



Ainda na linha bom e feinho (mas não barato), vem o Chez Laurent (comidas Italiana e Francesa)Na minha opinião, é o melhor restaurante que conheço na GTA. Ele fica no endereço 4965 Yonge St. Em limpeza ele ganha nota 8, mas a comida é 11.


O restaurante fica em uma casa bem velha que merecia uma reforminha, mas há os que digam que é esse o charme. Eu me sinto na casa da minha avó e quando a comida chega parece que fui transportada para minha infância.

Não vou destacar nenhuma comida, embora eu adore o green pepercorn steak, preparado com pimenta verde francesa (não é picante). Tudo lá é muito gostoso e natural. Eu tomei uma aula de culinária com eles e aprendi a preparar o molho que eles usam nas massas.

Ah, ligue antes para saber se é preciso fazer reservas. Ele só abre para o jantar e fecha aos domingos.

O Mongolian Hot Pot (2543 Warden Ave. (south of Finch Ave. E.)) é bom, bonito e já foi mais barato antes de ser reformado.

Apesar do restaurante ser mongol, os donos são chineses, bem como a freguesia, portanto, sugiro que você vá com um amigo chinês para que ele te oriente no que pedir e como comer.

Geralmente eu peço a herbs soup INDIVIDUAL (pois você pode tomar sopa junto com todo mundo em uma panela coletiva, como é feito na Mongólia), que é trazida em um panelinha.
A mesa tem resistores para aquecer a sopa e cozinhar os ingredientes. O buffet é all you can eat e cada pessoa tem direito a 2 pratos de carne, sendo 1 de carneiro e outro de boi.

Você pega vegetais, macarrão e outras coisas no buffet e joga tudo na panela para ir cozinhando em fogo baixo. Conforme as coisas vão ficando cozidas você vai comendo.
Bebida e sobremesa também são à vontade e estão incluídos no preço do buffet. Você tem a opção de suco de ameixa, leite de soja, e chá de crisântemo. Acho que tem refrigerante também, mas não tenho certeza.

Uma dica é cozinhar tudo em fogo baixo e manter a cabeça afastada da fumaça, do contrário, você vai sair defumado de lá.
Nesse link tem mais fotos do local.

O Café Mirage (Sheppard Centre) é bom, bonito e tem um preço quase justo.

Quando vou encontrar alguém pela primeira vez eu costumo marcar lá porque tem comida para todos os gostos e tudo é muito saboroso. Entre no site deles para dar uma olhada nas fotos e no menu. São de dar água na boca.

Bom, bonito, e barato é o So Great Thai (5195 Yonge St).


Como não como peixe nem carneiro, fico com as opções de frango e boi. O B2 - Nuer Yang(Grilled Beef):  Marinated grilled beef in soya sauce, garlic pepper served with coleslaw and hot sauceB12. Nuer Ka-Ta: Marinated beef with onion and pepper topped with sesame seeds and fresh ginger serve on hot plate, e o C4 - Kai Pad Khing (Ginger chicken) Stir-fried sliced chicken breast with shredded ginger, mushroom and onion with house white wine são meus favoritos.

Por hoje é só senão o post vai ficar gigante. Se você tiver alguma sugestão ou restaurante favorito na GTA (ou fora dela), deixe um comentário aqui no blog.

Sunday, July 3, 2011

Que tal um cineminha grátis sob a luz do luar?

A partir da próxima Terça-feira serão exibidos vários filmes pelas praças e parques da cidade e você não precisa pagar nadinha para assistir. É o Free Outdoor Screenings in Toronto Summer 2011, que vai de 5 de julho a 31 de agosto por volta das 9 da noite em julho e 8 da noite em agosto.

A lista de filmes conta com vários gêneros para todas as idades, desde Shrek Forever AfterThe Wizard of Oz, passando por Scott Pilgrim vs. The World, Annie Hall (do Woody Allen), e Lost in Translation (da Sofia Coppola).

Os locais de exibição são: Yonge - Dundas Square, Harbourfront, Rierdalle Park, David Pecaut Square (antigo Metro Square, a oeste do Roy Thomson Hall), Downsview Park, e 519 Backyard Cinema.

Não esqueça de levar um banquinho e a pipoca. A diversão fica por conta da casa.

Tuesday, June 28, 2011

Improving your English skills

Apesar de gostar de Português na escola, análise sintática nunca foi meu tópico favorito e só fui perceber sua importância quando comecei a escrever em Inglês há alguns anos. Chegando aqui ela tornou-se ainda mais importante, já que meu trabalho é basicamente escrever.

Como parei meu curso de Inglês assim que terminei o nível intermediário, não sei se no nível avançado as escolas ensinam análise sintática aos seus alunos. Se não o fazem deveriam fazê-lo, pois é fundamental para quem quer se comunicar e escrever bem em Inglês.

Não tive ânimo para voltar para um curso de Inglês porque tenho necessidades específicas para o meu trabalho, e pagar um professor particular seria honeroso demais. O que fazer então? Ora, a Internet nos oferece um mundo de opções gratuitas, algumas delas muito boas por sinal.

Passei a procurar por exercícios de gramática e escrita, e deparei-me com alguns links interessantes e que me têm sido de muita utilidade. O que eu mais gosto é o “Guide to Grammar and Writing” como o chamo; é um site que tem tudo o que preciso. Se você é como eu e não tem muita paciência para teoria, pode ir direto aos quizzes. Muitas vezes eu prefiro aprender na prática, e depois dou uma olhada na teoria.

Nos links abaixo você também encontra exercícios de preposição, que considero uma das coisas mais complicadas na língua Inglesa. Algumas vezes uma preposição mal colocada pode mudar completamente o sentido da frase.

Business English Site


English Grammar and Writing

Common Errors in English

Tecla SAP - Dicas de Inglês

The University of Victoria Writer's Guide: para profissionais e acadêmicos.

GrammarBook.com

Finercafe.com


Thursday, June 23, 2011

Como ligar a cobrar para o Brasil

Fazer uma ligação na terrinha é fácil, seja ela interurbano, internacional, local ou a cobrar; mas e para ligar a cobrar daqui para lá?

Pois é, levei um bom tempo para descobrir isso porque nem os canadenses para quem eu perguntei sabem fazer uma ligação internacional a cobrar.
A Embratel tem um serviço chamado Brasil Direto e através dele você pode escolher ligar com cartão, diretamente para o número discado ou através da telefonista. Aqui você encontra uma tabela com os números que deve discar se quiser ligar para o Brasil estando no exterior. No caso do Canadá basta discar 1 800 4636 656 e escolher o idioma de atendimento (Inglês ou Português). Daí em diante é só continuar ouvindo a gravação e seguir as instruções:

Para ligar direto para um número de telefone você disca 1 800 4636 656 + código do país (55 no caso do Brasil) + código de área + número do telefone.
Para falar com a telefonista você disca 1 800 4636 656 e informa o número que deseja chamar. Ela (ou ele) vai te perguntar se você quer falar com uma determinada pessoa ou pode ser a primeira que atender a ligação. No caso de você querer falar com "Fulano" a ligação só será cobrada no momento em que ele estiver ao telefone.

Monday, June 20, 2011

Conseguindo emprego através do Linked In

Para quem não sabe o Linked In é um site de professional networking, assim como o Facebook é um site de social networking. Se você está procurando emprego e ainda não tem um perfil no Linked In, sugiro que crie um o mais rápido possível, pois recruiters e empresas estão usando e abusando desta ferramenta para encontrar o candidato ideal. Capachinho e eu conseguimos várias entrevistas de trabalho através do site. Também foi através dele que conseguimos nossos últimos empregos. Isso é prova mais que viva de que a coisa funciona.

Uma forma de aumentar seu networking é fazendo parte de grupos de discussão na sua área profissional; sempre aparece alguém interessante com quem você pode trocar idéias e fazer novas conexões.

Envie requests de recomendação para atuais ou ex-colegas de trabalho, clientes, fornecedores, etc. Quanto mais recomendações melhor. Infelizmente muitas pessoas são preguiçosas (ou egoístas) e simplesmente ignoram seu pedido. Outras, não têm idéia do que escrever na sua recomendação. Google it! Eu mesma já solicitei recomendação 3 vezes para toda a minha lista de conexões, mas a maioria simplesmente ignorou os pedidos. É uma pena porque toda vez que recebo um pedido como este, procuro escrever uma recomendação ASAP.

Acredito que uma recomendação é uma via de mão dupla, já que quem entra no seu perfil tem grande probabilidade de entrar no perfil da pessoa que te recomendou e, desta forma, aumenta a circulação do perfil de ambas.

Selecione cuidadosamente as pessoas que você adiciona às suas conexões. Eu, por exemplo, NUNCA adiciono colegas de trabalho ou chefes com quem trabalho atualmente (uso a mesma política no Facebook, Twitter, etc). Também evito colocar no meu status que estou procurando emprego. Lembre-se que que se você tiver essas pessoas adicionadas às suas conexões, elas obrigatoriamente ficarão sabendo que você está insatisfeito com seu trabalho atual e pretende sair da empresa.

E você? Já conseguiu alguma entrevista, emprego, ou oportunidade de negócios através de alguma rede social/profissional? Como foi essa experiência?

Thursday, June 16, 2011

Registered Retired Savings Plan - RRSP

Há meses estou para escrever este post sobre o RRSP, que é uma espécie de previdência privada canadense, mas encontrei gente com muito mais conhecimento no assunto que eu, então vou simplesmente colar aqui as informações (citando as devidas fontes, claro).

O que é RRSP? O Wagner explica direitinho no blog dele:

Existem dois tipos de poupança (savigns plan): “registered” e “non-regitered”.
Registered: são definidas pela CCRA (Canada Revenue Agency), uma espécie de Secretaria da Fazenda daqui, que permite que você economize em uma conta especial para a sua aposentadoria sem pagar taxas sobre o seu conteúdo até a data da retirada.
Non-Regitered: não tem restrições, ou seja, você pode economizar mas não recebe nenhum tipo de benefício por elas, além do mais, é necessário pagar imposto sobre os juros do investimento.
A grande vantagem da RRSP é exatamente o fato de ter suas taxas postergadas (tax deferral), isto é, você recebe uma dedução imediata sobre o valor contribuído ao fazer sua declaração de imposto de renda a cada ano, mas tem certos limites. Todos os rendimentos e ganhos de capital gerados neste tipo de poupança não pagam taxas, contrário dos demais.
Você pode depositar até 18% do seu salário bruto, ou um máximo estabelecido a cada ano pela CRA e este valor será deduzido da sua renda para fins de cálculo de imposto de renda.
Por exemplo: suponha que você ganhe $45,000. A CRA diz que você vai ter de pagar aproximadamente $11,400 de imposto, mas se você decidir colocar $10,000 em uma conta de RRSP, não será necessário pagar imposto sobre esta parte. Assim, deduzindo o valor pago agora, seu imposto seria aproximadamente $7,800, ou seja, uma economia de $3,600.
Existe ainda o efeito composto (compund effect): um investimento anual de $10,000 em 20 anos, com uma taxa de 10%a.a. teria um valor de $630,000. O mesmo valor aplicado em uma conta “non-regitered” teria seu rendimento reduzido a 5.14%, pois você tem que pagar imposto a cada ano, e o valor total seria de, aproximadamente, $181,000. Grande diferença a longo prazo não é?

O Gean fez um post com a gerente de um banco, e ela deu informações importantes sobre RRSP. Vale a pena visitar o blog dele e ler todas as outras perguntas que ele fez.

Se eu chego a um país sem trabalho, posso contribuir para o RRSP?
Não, pois o valor que você pode contribuir depende de quanto você ganha por ano.
Qual a documentação necessária para se abrir um RRSP?
Todo RRSP precisa de um SIN (Social Insurance Number), pois sem ele o Revenue Canadá não tem como saber que você tem o RRSP para poder adiar os impostos.
Onde posso abrir um RRSP? Existe uma data-limite?
Em um banco ou com um agente de investimento ou de fundo mútuo. Não há idade mínima para contribuir. Você pode contribuir ate 31 de dezembro do ano em que você fizer 69 anos.
Há outras vantagens em contribuir para um RRSP?
RRSPs existem para ajudar-lhe a longo prazo, mas em uma emergência o dinheiro está disponível. Você pode contribuir para um RRSP para seu esposo(a), permitindo a ele(a) também poupar para a aposentadoria enquanto você se beneficia dos impostos adiados. Você pode também usar até $20.000 de seu RRSP para a compra de um imóvel ou para financiar seus estudos. Seu RRSP pode também ser uma fonte de rendimento durante o desemprego provisório ou a licença de maternidade ou paternidade.

Thursday, June 9, 2011

Interview Questions

Dando continuidade aos posts sobre job search, hoje vou apresentar a vocês um material que recebi enquanto fiz um estágio numa practice firm.

Um entrevistador deve cobrir 3 questões básicas durante o processo de recrutamento e seleção de candidatos, para isto ele vai perguntar:

1)Can you actually do the job? Is your experience, training, education, aptitude, and interest sufficient so you will be productive for more?

2) Who are you? What are you like? What characteristics and traits do you possess?

3) Will you fit in with the others in my company/organization? Will you be part of a problem or part of a solution?

Se o entrevistador achar que as 3 respostas são favoráveis a você, então ele se fará uma quarta: how much will you cost me?

Para descobrir as respostas ele pode fazer a mesma pergunta de formas diferentes, por isso você deve ter sempre uns 2 ou 3 exemplos (quanto mais melhor) de situações concretas pelas quais você passou. Aqui vão algumas questões mais comuns em entrevistas:

Tell me about yourself? - Esta é a pergunta mais importante da entrevista porque é o momento em que você tem para fazer seu marketing pessoal, mas cuidado para não se estender muito. A resposta não deve ser muito curta nem muito longa. Sempre nos dizem que uma resposta entre 2 e 3 minutos é mais que suficiente.
Você deverá falar das suas hard skills (formação acadêmica e/ou outros cursos habilidades com softwares, enfim, conhecimento técnico) e das soft skills, que são as qualidades interpessoais necessárias para a vaga, tais como communication, problem solving, leadership, etc.
Sugerem que falemos sobre alguma situação concreta na qual estejam envolvidas todas as qualificações exigidas para a vaga. Eu acho isso muito difícil, mas tem gente que consegue.
Procure lembrar de situações desafiadoras nos projetos em que você trabalhou.

Tell me about your experience with this type of work?

Why do you want to work here?

Why did you leave your last job?

What kind of salary are you looking for? - Nunca diga um valor exato. A sugestão é dizer "I am flexible and ready to discuss an amount that is fair to both of us, and takes into account my responsibilities and qualifications". Provavelmente o entrevistador vai insistir para que você diga um valor, então o melhor seria dar uma "range between X and Y" Eu sempre uso essa frase! Suba o valor o máximo que você puder porque eles sempre tentarão te dar um valor menor, mas procure não fugir da realidade senão a empresa vai te considerar muito caro e você acaba perdendo a oportunidade.

Why do you think you would like this particular job?

What do you know about our company?

What are your greatest strengths?

What are your weaknesses?

What 5 words would you say best describe you?

What your previous manager would say about you?

Além das questões acima e muitas outras, ainda tem as questões comportmentais, com as quais o entrevistador tenta descobrir um pouco sobre sua personalidade:

Give me an example of a time when you had to make very fast decision for something that was very critical.

Describe a time when you were faced with the most difficult problem or stressor, which really tested your coping skills. What did you do?

How do you normally plan or schedule your workday when you have a choice? Give a good day's schedule in your opinion.

Ordinarily, do you prefer more of an individual effort or a team effort? Describe one you enjoy.

Describe the most creative work related project which you carried out.

What do you do better than your co-workers?

Why should I hire you?

Do you feel that you might be under/overqualified for this job?

Explain how you showed leadership during a challenging situation.

Leia mais sobre este assunto aqui.

Tuesday, May 31, 2011

Cuidado com as redes sociais

Este post serve para qualquer pessoa que esteja procurando emprego em qualquer local do planeta.

Sua imagem e reputação são coisas essenciais na sua vida e mais ainda na busca por um emprego. Como advento de inúmeras redes sociais, sendo Facebook, Orkut e Twitter as mais populares, ficou ainda mais importante tomar cuidado com a forma como as pessoas vêem você.

Supostamente sua atividade nessas redes sociais deveria ser algo privado, mas empresas têm se aproveitado deste instrumento para descobrir facetas que o candidato (ou empregado) não revelou durante a entrevista de emprego ou durante seu trabalho na empresa.

Uma vez um amigo meu fez uma entrevista em uma empresa grande e conhecida. Algumas horas depois ele recebeu um pedido de amizade do diretor que o havia entrevistado. Em uma situação como esta, você pode achar que o pedido de amizade é consequência de uma boa entrevista, então você aceita durante seu horário de expediente o pedido de amizade do diretor, e com isso se foi sua chance de trabalhar para ele, afinal, você acabou de provar a ele que acessa o Facebook durante o período em que deveria estar totalmente concentrado em seu trabalho.

Parece injusto, não é? Mas é assim que o mundo funciona, infelizmente. Por conta disso, tome muito cuidado com coisas que você publica nessas redes sociais. Nunca reclame do seu chefe ou de colegas de trabalho. Aliás, é melhor que você nem mencione sua vida profissional nesses meios. Tome muito cuidado com fotos colocadas por você ou por amigos. Evite fotos que comprometam sua reputação ou causem uma idéia negativa. Pode ser que uma inocente foto sua entornando uma caneca gigante de cerveja seja o suficiente para custar seu emprego.

Cuidado com temas polêmicos como religião, política, e minorias desafavorecidas. Por mais certo que você ache que esteja em sua opinião, ela pode ser altamente ofensiva para um empregador mais conservador.

Eu tenho uma política de não adicionar colegas de trabalho ao meu círculo de amigos em redes sociais. Depois que eu saio da empresa tudo bem, mas durante, nunca! Imagine que você foi para casa mais cedo ou tirou um sick day. Se seu gerente ou colegas de trabalho vêem vários posts seus ao longo dia, vão achar que você não está doente coisa nenhuma.

Configure seu perfil para que apenas amigos e ninguém mais possa ver seus posts. Aproveite e faça uma busca com o seu nome na internet. Veja os resultados da busca e certifique-se de que não haja nada comprometedor. Comentários em foruns de discussão e blogs podem aparecer nessa busca, então cuidado com o que você escreve por aí.

Tudo isso pode parecer paranóico e você se sentir privado do seu direito de expressão, mas lembre-se que estamos sendo vigiados o tempo tempo nesse mundo; seja por câmeras de circuito fechado em lojas e até na rua, ou simplesmente quando você faz uma busca no Google. O Google guarda todas as buscas feitas pelas pessoas ao longo de suas vidas. O mesmo faz seu empregador, quando rastreia sua atividade na internet da empresa; portanto, todo cuidado é pouco. Use seu bom senso.

Sunday, May 29, 2011

The STAR formula

"STAR" é uma fórmula usada para responder questões comportamentais em entrevistas através de 4 passos:

Situation
Task
Action
Result

Alguns preferem usar "SAR" (Situation, Action, Result) ou "PAR" (Problem, Action, Result) , mas no fundo são a mesma coisa. Mas como funciona?

Durante a entrevista você terá que falar sobre vários momentos e acontecimentos na sua carreira, como comentei no post anterior, mas não basta simplesmente jogar os fatos para o entrevistador. É necessários estruturar uma história: relatar o cenário (situation), qual era o objetivo que deveria ser atingido(Task), o que foi feito para atingir esse objetivo (Action), e qual foi o resultado (Result).

É claro que você sempre vai contar histórias com finais felizes, como aquele projeto dificílimo no qual você tinha um curto espaço de tempo para entegar e de repente, imprevistos apareceram, mas como você tem muito jogo de cintura, é um bom comunicador e sabe trabalhar em equipe, saiu tudo conforme previsto e a empresa economizou um dinheirão por causa da sua criatividade.

Alguns exemplos:

The Problem: I had a customer who did not want to hear about the features of my merchandise because of a prior interaction with my company.

The Action:
I listened to her story and made sure I heard her complaint. I then explained how I would have handled the situation differently and how I can offer her better service. I showed her some facts that changed her mind about dealing with the company again.

The Result:
She not only bought the merchandise, but complimented how I handled her account. She is now one of my best customers.
...
The Problem: At my last job I was de Administrative Assistant for two Directors, both had thigh projects deadlines and had asked me for budget details by the end of the day.

The Action:
I asked both of them for a five-minute meeting and explained that I was unable to get all of the budget information on a day for both of them. I asked them to explains the details of the project so that we could all understand each other's priorities and deadlines. Together we decided how I could assist both of them with the most urgent aspects of their project and set up a task schedule that we could all monitor for completion on our network.

The Result: We discovered that about 15% of the information could be used for both projects and I was able to finish bot set of budget information on-time. Each director knew exactly when their information was available, and could use their time more effectively to meet their deadline.

Monday, May 9, 2011

Empregos, entrevistas e mais

Vira e mexe pessoas vêm até mim para pedir dicas sobre elaboração de currículo, como se portar em entrevistas, como enviar uma Cover ou Thank You letter, entre outras coisas. Por conta disso, decidi começar uma série de posts para dividir com vocês um pouco do que aprendi nestes cursos de job search oferecidos pelo governo.

As dicas que vou colocar aqui podem não servir para 100% das pessoas ou situações, mas vão ajudar vocês a procurar o caminho correto.

Vou começar pela famigerada "canadian experience". Como e onde conseguí-la?
Para quem ainda não está empregado existem locais onde você pode pedir orientação e encaminhamento profissional:

Coop/internship, que é uma espécie de estágio não-remunerado em empresas. Para participar de um Coop você tem que ser indicado por um consultor de algum programa como o Career Foundation ou COSTI, por exemplo.
Outro locais: Yorkdale Adult Learning Centre, Scarborough Centre for Alternative Studies, Brian Flemming Catholic Centre - Mississauga.

Volunteer, você pode prestar trabalho voluntário algumas horas por semana em algum lugar que tenha (ou não) a ver com sua área de trabalho. Dê uma olhada nos sites: Volunteer 211, Volunteer Toronto, Charity Village, Animal Volunteers, Environmental Volunteer Network, Hospitals, Toronto District School Board.

Bridging Programs, que oferecem treinamento para skilled immigrants: International Accounting and Finance Professionals (IAFP), Association of International Phisicians and Surgeons of Ontario, Teach in Ontario, Workplace Orientation for Internationally Trained Engineers - Humber, Internationally Trained Nurses.

Practice Firms, trabalho real em empresas virtuais. Você trabalha normalmente como em qualquer outro lugar, mas nenhuma operação envolve dinheiro de verdade. Pieces of History, RealCo, Sign of Times, Simplicious.

Mentoring partnership/Job Placement, geralmente um profissional de determinada área dá dicas a interessados sobre tudo o que se relaciona à aquela profissão. O Job Placement corresponde a 8 semanas de trabalho não-remunerado patrocinado pelo College Re-employment Services for International Professionals Program. COSTI, JVS, ACCESS, Job Start, Skills for Change.

Upgrading your skills, através de cursos pagos ou o que eles chamam de career bridges. Um deles é o Career Bridge, mas é necessário ter o diploma reconhecido para participar do programa.

Employment agencies and recruiters, existe uma infinidade de agências de emprego e quanto mais entrevistas você fizer com eles, melhor. Você treina suas "interview skills" e ainda fica com seu resume "circulando" por aí.

Fala-se muito em networking, mas isso é um pouco difícil para recém-chegados, principalmente porque a maioria das pessoas que eles conhecem estão em situação parecida com a deles. Neste caso, o importante é se expôr, frequentar cursos na sua área e criar laços que poderão ser úteis no futuro; mas lembre-se: as pessoas percebem quando você se aproxima delas apenas por interesse. Procure criar laços sinceros com pessoas com quem você ao menos troca e-mails de vez em quando. Desta forma, com certeza aquela pessoa que você conheceu no curso de Project Management, por exemplo, vai se lembrar de você quando surgir uma oportunidade com o seu perfil na empresa dela.

Thursday, May 5, 2011

Sistema de Saúde Canadense: minha experiência

Muita gente reclama do sistema público de saúde no Canadá, e na maioria das vezes com razão: longas esperas, demora para conseguir um especialista, ou até dificuldade para conseguir um family doctor.

A história que vou contar hoje é diferente; é sobre o lado que funciona.
A vida inteira lutei contra a gastrite, mas ela sempre me venceu, chegando a se transformar em úlcera em 2007. Acostumada a sentir dor, nunca havia procurado um médico por causa disso, até janeiro. As dores estavam muito fortes e eu desconfiava que estava com úlcera novamente. Na mesma semana consegui marcar uma consulta com minha family doctor, que me encaminhou para um ultrassom alguns dias depois. O resultado apontava gastrite, hérnia de hiato, pedras na vesícula e no rim. Diante de tantas "boas" notícias, ela me mandou fazer mais alguns exames, entre eles uma endoscopia com biópsia.

Tudo foi marcado e feito em um período curto de tempo. Em menos de 1 mês eu estava com todo o diagnóstico. Então ela quis me encaminhar para um cirurgião para remoção da vesícula. Eu não quis, já que não estava sentido nada.

Um mês depois, meu estômago começava a dar sinais de melhora, mas a injestão de comida gordurosa, especificamente um butter chicken indiano, desencadeou minha primeira crise de vesícula. Foram 8 horas de agonia intensa, mas eu me recusei a ir ao pronto-socorro. Apavorada com as histórias de horas de espera no atendimento, preferi passar dor no conforto do meu lar.

Naquela semana, voltei a falar com minha family doctor, que me encaminhou para uma consulta com o cirurgião na semana seguinte. Para minha surpresa, em menos de 10 dias eu já poderia fazer a cirugia, mas resolvi adiar para quando voltasse de férias. E eis que no dia 03 de maio eu fiquei livre das minhas pedras.

Uns dias antes da cirurgia, fui a uma consulta pré-operatória no próprio hospital (North York General Hospital). Uma enfermeira me explicou como seriam o pré e pós operatório, e fez alguns exames, como sangue e pressão. Em menos de 1 hora eu estava dispensada.

No dia da cirurgia me pediram para chegar com 1 hora e meia de antecedência. Registrei-me no hospital, depois passei por uma enfermeira, que me deu vários remédios para dor, e de lá fui para a sala de espera, onde estavam vários outros pacientes e seus familiares. Toda essa parte foi muito rápida. O que demorou mesmo foi a epsera pela cirurgia, que estava marcada para 1h30 da tarde, mas não me chamaram antes das 3h00.

Quando finalmente chegou a minha hora, fui andando até a sala de cirugia, onde encontrei meu cirurgião. Fizeram tudo que tinham que fazer, e às 6 da tarde acordei na sala de recuperação com uma enfermeira muito atenciosa. Ela me perguntou se eu estava sentindo dor. Eu disse que sim, então ela me deu um analgésico intra-venoso. Meia hora depois, eu continuava com um pouco de dor, então ela me deu um Tylenol e me mandou para casa.

O efeito da anestesia estava bem forte, então saí bem grogue do hospital e fiquei meio abobalhada até o dia seguinte, quando só então me toquei de que não sabia o que havia acontencido.

Recebi vários papéis com instruções, e uma delas era marcar uma consulta de follow-up em um outro local, que não o hospital ou a clínica do meu cirurgião. Liguei para a clínica dele para pedir um atestado médico e perguntar das minhas pedras, mas a secretária não sabia nada sobre elas. Minha consulta ficou para 13 de maio. Quem sabe até lá alguém possa me responder quantas pedras foram removidas.

Enfim, depois dessa experiência, ponto positivo para o sistema de saúde canadense. Sempre fui atendida com rapidez, eficiência, e cordialidade em todas as etapas do processo.

Saturday, April 30, 2011

Montreal

Fiquei devendo o post sobre Montreal. Infelizmente, as coisas não estão mais fresquinhas na minha memória, mas vou tentar colocar aqui os pontos mais interessantes.

Na primeira vez que estivemos em Montreal procuramos explorar os locais turísticos, como Old Montreal, a rue St. Catherines, etc. Desta vez quisemos conhecer o dia-a-dia da cidade para poder fazer uma comparação com Toronto e decidir se realmente é um local onde gostaríamos de viver, já que era nossa cidade escolhida no início, mas com o meu Francês básico eu não conseguiria trabalho, por isso optamos por Toronto.

Achei Montreal muito parecida com São Paulo em alguns aspectos. O primeiro é a forma como as vias públicas foram (mal) planejadas. Apesar de ter menos habitantes que Toronto, achei o trânsito caótico. Esse fator ainda pesa bastante nos nossos planos de mudança.

Talvez muita gente discorde de mim, mas achei o povo mais próximo da nossa cultura do que da cultura das cidades anglófonas por onde estive. Cofesso que senti um pouco de falta do exagero de polidez do Torontonian, falando "please" e "excuse" ou "I'm sorry"o tempo todo, mesmo quando é você quem pisa no pé dele. Acho que a gente se acostuma fácil com o que é bom, né? Nem preciso falar de como sinto falta disso quando vou ao Brasil.

O metrô, apesar de mais rápido que o de Toronto, é mais estreito, e acredito que por isso seja mais cheio. De qualquer forma, sua rapidez compensa um pouco a super lotação. Isso para não falar do preço que é bem mais em conta que o daqui.

Sinto muita falta de cafés como os que temos no Brasil. O canadense costuma tomar café com alguma coisa doce, tipo um muffin ou um donut, mas eu gosto do meu café com algo salgado (um pão de queijo vai sempre bem nessas horas). Além do mais, para se tomar um bom café em Toronto é necessário ir a estabelecimentos independentes e nem sempre conhecidos. Moro em uma região de predominância asiática, portanto, não existe absolutamente nenhum café desse tipo pelas redondezas.

Montreal dá de dez a zero em Toronto nesse aspecto. Você não tropeça em Starbucks e Tim Hortons a cada dois quarteirões como aqui em Toronto. As opções de cafés são infinitas e todos os que frequentamos nos proporcionaram uma experiência agradável. Sem falar das boulangeries, que se assemelham muito às nossas padarias brasileiras. Uma que você não deve deixar de ir é a Premier Moisson. Tudo que se vê lá dá vontade de comer. Para juntar o útil ao agradável, existe uma loja dentro de um dos mercados municipais, o Marché Atwater. Se você estiver naquela região, não deixe de ir ao Toi & Moi. Além de um ambiente super agradável, lá tem café de todas as partes do mundo, até de locais que você nem imagina, como Bolívia, por exemplo. Aproveite para passear pelas ruas do bairro para escolher o próximo café que você quer conhecer.

Outro local que gostamos muito foi um complexo comercial chamado Plaza St. Hubert. Ele ocupa uns 4 quarteirões ou mais, mas nós passeamos pela altura do 6500. Almoçamos em um dos vários cafés que existem por lá e aproveitamos para conhecer uma livraria onde encontrei livros muito interessantes com preços melhores ainda.
Aliás, as livrarias de Montreal merecem um post à parte. Eu, acostumada a frequentar gigantes como FNAC e Livraria Cultura, me sentia órfã de boas livrarias aqui em Toronto. Olha, tive que me controlar para não comprar muitos livros de História Medieval. Ville de Quebec também não deixou a desejar nesse quesito.

Assim como Toronto, Montreal é uma cidade para todos os gostos. Na Wikitravel encontrei várias dicas para você sair do circuito turístico e conhecer de verdade a cidade. Para quem gosta de fazer compras, aqui vão algumas:

Rue St. Catherines, entre a rue Guy e blvd. St-Laurent: é onde estão as grandes lojas de departamento e cadeias, bem como shoppings (Centre Eaton).

Avenue Mont-Royal, entre o blvd. St-Laurent e rue Saint-Denis: é uma mistura de vizinhanças, com lojas de discos usados.

Na rue St-Laurent é possível encontrar de tudo: tem o quarteirão asiático com mercados de frutas e aparelhos domésticos próximo à La Gauthetière. Um pouco mais longe você encontra eletrônicos baratos e boutiques "hip". Entre a Saint-Zotique e a Jean-Talon está o bairro italiano.

Próximo à Jean-Talon com St-Laurent está o Jean-Talon market, com uma variedade grande de produtos locais, como queijo e maple syrup, a preços convidativos.

Infelizmente,não deu tempo de comer em todos os locais que selecionamos, mas ficam aí as dicas para quem quiser experimentar:

Schwartz's: conhecido pelo melhor sanduíche de pulled pork. Como está sempre cheio, o segredo é chegar lá depois das 2 da tarde.

Juliette e Chocolat: é uma boa pedida para uma xícara de chocolate quente no inverno.

La Academie: bistrô que me foi muito bem recomendado. Parece que servem mais comida italiana.

Agora a sessão "agradecimentos":
Mais uma vez, obrigada ao Leopoldo por hospedar Capachinho e Piaçava em seu covil.
Obrigada também aos pais de Rabais e Souvenir pela deliciosa pizza e companhia. Adoramos conhecer vocês.

Bom, é isso aí. Se você tiver alguma dica deixe o seu comentário.